31/03/10

Emprego

Quando nos aproximamos de um importante debate a nível distrital sobre emprego, não poderia de deixar de me estrear neste blog, debruçando-me sobre este tema central para a total emancipação de um jovem.
O conceito de Emancipação Jovem tem ganho relevância nos últimos anos, sendo constituído entre outros pontos pelo emprego, habitação e empreendedorismo. A nível de emprego o crescimento económico é o motor de qualquer política de emprego e de crescimento do mesmo. Dessa forma e pelo decorrente do que foi dito a crise económico-financeira afectou em grande medida os dados de emprego dos governos liderados pelo Partido Socialista desde 2005.

Até ao início da crise os ganhos a nível de emprego eram visíveis, com uma criação líquida de postos de trabalho bastante positiva, mas com o rebentar da crise mundial tudo mudou, devido às variantes macroeconómicas indispensáveis para a criação líquida de emprego. A nível da criação de emprego o PS tem seguido o caminho que julgo como correcto, permitindo mais estágios profissionais, apoiando programas de criação de emprego jovem e o investimento. Contundo só o crescimento da economia pode solucionar o problema na sua totalidade, daí a necessidade de uma política de investimento público, como demonstra o velho Keynes.

Mas, além do desemprego existe cerca 20 % de precariedade laboral que afecta sobretudo os mais jovens. Começo por abordar os estágios não renumerados de cariz não académico, onde concordo com o Governo no seu combate, visto não ser digno trabalhar a custo zero, sendo isso um sinónimo do conceito de “escravatura”. E se alguns pagam o subsídio de almoço, questiono se os escravos no velho Egipto não eram pagos com refeições? Em relação aos recibos verdes sendo a lei já é muito restritiva, deve existir um claro reforço da fiscalização e punição dessa forma ilegítima de emprego. No campo da protecção social às formas precárias de trabalho, acredito que temos de discutir abertamente e sem preconceitos, um sistema de protecção social que inclua os trabalhadores a recibos verdes e os empresários em nome individual. Mas isso é uma discussão complexa e que se tem de fazer no campo da esquerda democrática.

Pelos temas expostos e por muitos outros, hoje mais que nunca importa discutir emprego, a sua precariedade e o futuro do mercado de trabalho, e é dessa forma que no dia 9 de Abril vamos debater no Cartaxo estes mesmos conceitos, conto com todos para este desafio.

Hugo Costa – Presidente da Federação Distrital de Santarém da JS / JS Ribatejo

1 comentário:

Ricardo Antunes disse...

A actividade correu muito bem...foi muito bom ver uma grande variedade de ideias a enriquecer o debate naquela sala.